Saiba quais são as últimas tendências em open business e estratégias de API

Temas foram destaque do APIX 2023, que reuniu especialistas em tecnologia de diversos países. Os palestrantes falaram sobre transformação digital, open business e utilização de APIs.

O evento APIX 2023 foi promovido no dia 22 de junho pela Sensedia, empresa especialista no mercado de APIs e microsserviços. Com uma série de painéis presenciais e virtuais, o congresso teve a participação de profissionais de TI do Brasil e de diferentes países, como Estados Unidos, Reino Unido, México e Colômbia. Dentre eles, estavam Kleber Bacili e Marcilio Oliveira, CEO e CGO na Sensedia, respectivamente, além de David Mooter, analista sênior da Forrester Research.

Bacili e Oliveira deram início às palestras explicando como muitas empresas atualmente estão integradas em várias jornadas devido ao open business. Um modelo empresarial de open business consiste em uma abordagem baseada em movimentos de abertura, como software livre e ferramentas, padrões e código abertos. Um exemplo conhecido é o open banking, ou sistema bancário aberto.

O open banking trata-se de um conjunto de regulações e tecnologias que permitem que as instituições bancárias compartilhem entre si dados e serviços de seus clientes, com o consentimento destes. A troca de dados é possível a partir da integração dos sistemas destas instituições.

Porém, Oliveira enfatiza: "Open business não é a exposição pública de dados. O open se refere, sobretudo, a um movimento de APIs abertas". As APIs, sigla em inglês para interfaces de programação de aplicações, são conjuntos de ferramentas e protocolos para a criação de aplicações de software. Elas permitem conectar diferentes sistemas, softwares e aplicativos. No caso das APIs abertas, seus códigos são abertos e podem ser utilizados por outras empresas.

Novas oportunidades

Bacili e Oliveira explicaram que há quatro áreas que as empresas têm explorado com mais frequência em relação ao open business: industry-wide, posicionamento de negócios e plataformas incorporadas, jornadas digitais interconectadas e aberto vs. privado. Independentemente da vertente em que se deseja investir, os especialistas dizem que é necessário dedicar atenção à padronização:

"A padronização tem um papel importante na open economy. No caso dos bancos, por exemplo, já existe um movimento de padronização de dados, para facilitar a integração", nota Bacili.

Os especialistas mencionaram, ainda, que oportunidades têm surgido juntamente ao open banking, como o open insurance e  o open finance. Além disso, setores como o e-commerce têm adotado, cada vez mais, APIs abertas: "Nem todas as lojas de e-commerce precisam de APIs abertas para se transformar em marketplaces, mas quase todas as adotam", pontua Oliveira.

Estratégia de API focada no consumidor

Em seguida, David Mooter abordou o tema da transformação digital e explicou como as empresas podem impulsioná-la a partir do desenvolvimento de uma estratégia de API focada no consumidor. Uma estratégia de API consiste na definição, na elaboração e na implementação de aplicações que permitem integrar soluções tecnológicas, com o intuito de aumentar a produtividade e a segurança. 

Nesse sentido, é necessário adotar ferramentas consistentes, que os funcionários consigam utilizar. "A equipe de plataforma transforma as ferramentas em fáceis de ser empregadas e promovem automações para agilizar a adoção de padrões de governança", afirma Mooter.

Isso passa pela atuação de um product manager de APIs, que identificará novos mercados para APIs, definirá e mensurará os objetivos de negócios e criará um roteiro de utilização de APIs. "As principais preocupações no desenvolvimento de produtos de API são o valor, a viabilidade e a usabilidade", acrescenta o analista sênior da Forrester Research.

Além disso, é importante ter em mente que algum nível de governança centralizada é desejável. Por exemplo, quando há inconsistências irreparáveis, em áreas como segurança e compliance. A centralização também pode ser necessária para diretrizes em políticas, riscos aceitáveis e medidas de desempenho. "Permita que o risco dite o nível de governança", aconselha Mooter.

Por fim, o palestrante fez ponderações sobre o modelo open business: "Para criar um open business, é necessário reformular as estratégias de negócio, que devem estar sempre focadas em criar e conectar competências e ecossistemas".

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