
Kawee - stock.adobe.com
Mulheres empreendedoras também levam a carga das tarefas domésticas
Estudo da SumUp aponta ciclo vicioso: mais tempo cuidando da casa leva empreendedoras a dedicar menos tempo a seus negócios e faturar menos que homens. O aumento do estresse afeta a saúde, então Evah oferece um aplicativo baseado em IA para ajudá-las a cuidar de si mesmas.
A SumUp, empresa global de tecnologia e soluções financeiras, realizou um estudo com seus clientes para analisar como as empreendedoras brasileiras têm atuado em pequenos negócios pelo Brasil. A pesquisa apontou que 60% das mulheres empreendedoras são responsáveis pela maior parte das tarefas domésticas atribuídas a elas. Entre homens, esse índice cai para 23%.
A pesquisa, realizada entre os dias 24 e 27 de fevereiro de 2024, ouviu 616 clientes da fintech, sendo 302 mulheres, 312 homens e duas pessoas de outro gênero, distribuídos em todas as regiões do País.
“O tempo gasto em tarefas domésticas impacta diretamente na quantidade de horas que as mulheres podem se dedicar aos seus negócios, o que influencia no faturamento dos comércios dessas mulheres”, comenta Mariana Lazaro, CFO da SumUp para as Américas.
Por exemplo, a pesquisa mostra que as mulheres dedicam menos horas para seus negócios do que os homens. Enquanto apenas 33% das mulheres conseguem trabalhar mais de 44 horas por semana, vemos que 46% dos homens podem destinar esse tempo aos seus negócios.
O estudo revela ainda que 27% das mulheres possuem uma renda mensal de menos de um salário-mínimo, contra 13% dos homens. Nas faixas de faturamento mais alto, a presença das mulheres é menor: apenas 9% dessas entrevistadas faturam mais de 10 salários-mínimos, ante 21% dos homens.
“Os dados sobre tempo dedicado à casa, horas dedicadas ao negócio e faturamento estão totalmente interligados. É um ciclo vicioso: ao passar mais tempo sendo as principais responsáveis pelas tarefas domésticas, as mulheres trabalham menos e ganham menos dinheiro que os homens”, afirma a CFO.
Segundo a pesquisa, as mulheres tendem a operar seus negócios em casa mais que os homens: 49% delas empreendem onde moram, enquanto apenas 25% dos homens empreendem em casa. “Esse número indica que as múltiplas jornadas que elas enfrentam podem ser um fator relevante, tornando o atendimento em casa uma alternativa para otimizar a vida de quem tem diversas obrigações no lar”, explica Mariana.
Além disso, 35% das empreendedoras afirmam que abriram seu próprio negócio por necessidade de renda, um percentual superior ao dos homens, que mencionaram esse motivo em 28% dos casos. Já em relação a ser o sustento principal da casa, 45% das mulheres empreendedoras são as responsáveis pelo seu lar, contra 70% dos homens que são arrimos família.
A pesquisa mostrou também que as mulheres que empreendem são mais escolarizadas que os homens da mesma categoria profissional. Entre as mulheres, 56% chegaram ao ensino superior, terminando ou não seus cursos, contra 43% dos homens entrevistados. “Mesmo com mais estudo, as mulheres não conseguem se dedicar mais aos seus negócios e seguem ganhando menos”, frisa a CFO.
Evah, a app que cuida da saúde da mulher trabalhadora
Sejam empresárias ou empregadas, todas as mulheres enfrentam quase os mesmos problemas em termos de saúde e trabalho, o que impactando seu bem-estar e a produtividade.
A Evah Saúde oferece soluções personalizadas, de forma integral, por meio do assistente virtual Evah (IA). Com apoio do assistente, a paciente acessa, de forma rápida, orientações para melhoria do seu bem-estar, agenda consultas e tem retorno sobre seus problemas e sintomas.
Para as mulheres, o benefício é claro: "elas se sentem mais seguras para lidar com desafios específicos de sua saúde", diz Ana Cabral, CTO da Evah. "Isso tem impacto na redução do absenteísmo e no aumento da produtividade, além de melhorar o clima organizacional das empresas", completa.
Saiba mais sobre Software de melhoria de processos
-
Liderança feminina impulsiona inovação e acelera adoção da IA nas empresas
-
8M: desigualdade de gênero e desafios invisíveis para a equidade
-
Brasil é o segundo país em número de selecionadas para o Prêmio Aurora Tech 2025
-
Especialista aponta vantagens competitivas da presença feminina no setor de tecnologia