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Como o delivery se prepara para o pico de pedidos do final de ano?
Ao substituir os tradicionais processos manuais por integrações inteligentes, as empresas estão conseguindo reduzir entre 20% e 30% da quilometragem percorrida, gerando economias com eficiência e alocação de custos mais assertivas. Entenda como funciona o sistema operacional logístico por trás de cada etapa.
Chegou o final de ano e com ele, o volume de pedidos por aplicativos de delivery dispara. Natal, Ano Novo e o período de férias aumentam o consumo, principalmente em uma realidade em que comprar sem sair de casa tornou-se um hábito e até a preferência de muitas pessoas que desejam evitar as grandes filas de uma loja física ou não conseguem um tempo para fazer suas compras de forma presencial.
A preparação para as datas comemorativas geralmente se inicia semanas ou meses antes. A intenção é estimar o volume dos pedidos para ajustar a capacidade de estoque e das entregas. A antecipação dessas decisões reduz o tempo de processamento e evita que pequenos desvios se transformem em atrasos maiores, comuns em períodos de alto volume.
“É comum ocorrerem cadastros incompletos, divergências de dados, atrasos na comunicação com transportadores e custo variável por entrega. Esses problemas aparecem com mais frequência justamente porque o maior volume aumenta a chance de inconsistências e o tempo para corrigi-las diminui", diz André Mortari, especialista em logística e CEO da LET'S.
Para isso, existe um “por trás” denominado como “sistema operacional da logística”, que integra todas as etapas, facilitando desde a compra até a entrega.
Um sistema operacional logístico opera integrando ERPs, marketplaces, PSPs e transportadores em um padrão único. A plataforma não opera frota própria, porque a sua função principal é coordenar decisões, para reduzir retrabalho e dar ritmo ao fluxo independentemente do volume.
“Com o uso de inteligência artificial é possível tratar cada entrega como uma disputa de capacidade. O algoritmo da LET'S avalia critérios como preço, janela de entrega, histórico de performance, risco de reentrega e políticas internas de cada operação. Com isso, o sistema distribui os pedidos de forma dinâmica, adaptando-se ao comportamento real da demanda", conta Mortari.
Com o sistema, é possível acompanhamento em tempo real, porque a plataforma automatiza tracking, conciliação e SLAs, permitindo que varejistas acompanhem desvios com mais precisão. A combinação de roteirização otimizada e estabilidade na primeira tentativa diminui quilómetros desnecessários e o acúmulo de reentregas. Para o setor, isso representa economia de combustível do lado dos frotistas e economia de custos reais para quem vende.
Ao substituir os tradicionais processos manuais por integrações inteligentes, as empresas estão conseguindo reduzir entre 20% e 30% da quilometragem percorrida, gerando economias com eficiência e alocação de custos mais assertivas.
“A logística dá maior previsibilidade à primeira tentativa de entrega, etapa que, quando falha, costuma gerar efeito cascata sobre custos e satisfação do consumidor. Aderir a estratégia é uma via de mão dupla que auxilia ao varejista e ao consumidor” finaliza André.