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Hiperpersonalização do cliente no universo B2B

A base para a hiperpersonalização são os dados. Mas não basta só colecionar dados, é preciso transformá-los em insights, ligá-los com empatia e com propósito, e sempre explorar por meio da ótica do cliente.

No mundo B2B, a procura por relacionamentos duradouros e confiáveis com os clientes nunca foi tão importante. Em minha experiência na área de Customer Experience, percebo a hiperpersonalização como o passo imprescindível para as companhias que desejam se sobressair no mercado.

A hiperpersonalização vai além da segmentação tradicional. Hiperpersonalizar é usar dados comportamentais, históricos de compra, interações passadas e informações contextuais em tempo real para prover experiências únicas e relevantes para cada cliente. Em vez de oferecer um “pacote fechado”, a empresa disponibiliza um serviço ou produto feito sob medida para as necessidades pessoais de cada cliente, criando um real e potente diferencial competitivo.

Mas tem um ponto ainda mais importante: não basta ter foco no cliente, é fundamental ter o foco do cliente!

Isso significa largar a lógica de "eu, a empresa, sei do que você precisa" e abraçar uma escuta ativa e cheia de empatia, para entender o que importa da perspectiva do cliente.

Hiperpersonalizar, não é criar soluções pensando só no nosso ponto de vista, mas sim na vivência real, nas dores e nos objetivos de quem está do outro lado.

No mundo B2B, as coisas ficam bem mais difíceis. Lidar com vários interlocutores, compras que demoram e decisões baseadas em dados torna a personalização ainda mais urgente.

Se usada direito, a hiperpersonalização ajuda:

  • Prever as necessidades: saber o momento certo de dar suporte ou de oferecer uma nova solução.
  • Fortalecer a ligação: mostrar que a empresa se preocupa com os problemas de cada cliente e que está pronta para ajudar.
  • Melhorar os resultados: oferecer soluções que realmente resolvem uma dor do cliente, aumenta a chance de sucesso dos clientes, gerando mais valor para todos os envolvidos.

A base para essa hiperpersonalização? Na minha visão são os dados, sem sombra de dúvidas. Mas não basta só colecionar dados, é preciso transformá-los em insights, ligá-los com empatia e com propósito, e sempre explorar por meio da ótica do cliente. A tecnologia nos ajuda a analisar grandes volumes de informações, mas são as pessoas que emprestam significado a esses dados, construindo as ligações que mantém os clientes fiéis.

Dicas práticas para começar a hiperpersonalização B2B

  • Mapeie toda a jornada do cliente, vendo onde estão os pontos de atrito que é possível melhorar.
  • Use os dados de forma ética e transparente, prezando as preferencias de cada cliente.
  • Pratique a Empatia: entenda a real situação do cliente, antes de qualquer coisa, e só então pense em oferecer alguma solução.
  • Crie processos de escuta ativa para entender, de fato, o que o cliente deseja.

No final das contas, a hiperpersonalização não se trata só de “vender mais”. É sobre construir laços duradouros, baseados na confiança, com resultados visíveis.

E para isso, sempre precisamos ter em mente uma coisa: os dados são a base, mas é a habilidade humana de ouvir e compreender o cliente, pela perspectiva dele que realmente muda o jogo.

Sobre a autora: Amanda Vasconcelos é graduada em Pedagogia e Administração de empresas e com Pós-Graduação em Liderança e Gestão de Equipes. Especialista no atendimento e na Experiência do Cliente. Com mais de dez anos de experiência no setor, já passou por grandes instituições como Banco Sofisa e Liber. Há mais de um ano é Gerente das áreas de Customer Experience e de Customer Success na Accesstage Tecnologia, empresa especializada em tecnologia para gestão financeira e Open Finance.

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