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Reforma tributária acelera a corrida pela modernização de ERPs
Reduzir riscos, controlar custos e, acima de tudo, garantir que a inovação não fique travada por limitações do passado é o caminho mais promissor que os gestores podem seguir nesse momento. A estratégia é começar por o ERP: o coração de toda corporação.
Com a promulgação da reforma tributária no Brasil, que vai unificar diversos tributos federais e estaduais em impostos como a CBS e o IBS, as empresas vislumbram oportunidades históricas. De um lado, a partir da obrigatoriedade legal, a adaptação de seus sistemas às novas exigências fiscais. Do outro, a chance de avançar na modernização de ERPs, evoluindo sua infraestrutura tecnológica.
Tendo em vista que, se postergada, essa atualização pode comprometer competitividade, segurança e inovação, chegou o momento de as empresas otimizarem recursos e avançarem com as estratégias junto aos seus parceiros tecnológicos para estruturar planos de ação que não apenas sustentem a operação agora, mas otimizem os resultados do futuro.
O papel da tecnologia na preparação para a reforma tributária
Para evitar que as empresas continuem em movimento, mas na direção errada, mais que atender às exigências da reforma, é importante que os gestores garantam o emprego de um ERP preparado para atender as demandas emergentes, com processamento em tempo real, maior flexibilidade e integração com tecnologias como inteligência artificial e automação de processos.
Outro aspecto relevante está no modelo de financiamento dessa jornada. Com o apoio de parceiros e consultoria especializada, é possível elaborar um plano de negócios sustentável, que dilui os custos da migração ao longo do tempo e viabiliza incentivos financeiros. Em diversos cenários, o ponto de equilíbrio é alcançado em aproximadamente dois anos, com ganhos contínuos a partir da consolidação do novo ambiente tecnológico.
Cenário global e a necessidade de inovação
A conjuntura econômica atual reforça ainda mais a urgência dessa decisão. A volatilidade cambial, a inflação acima da média, o impacto de tarifas internacionais sobre produtos brasileiros e a crescente demanda por soluções sustentáveis impõem um nível de pressão que não permite decisões lentas. Inovação e agilidade se tornaram ativos essenciais para qualquer empresa que deseja manter-se competitiva.
Reduzir riscos, controlar custos e, acima de tudo, garantir que a inovação não fique travada por limitações do passado é o caminho mais promissor que os gestores podem seguir nesse momento. Tendo em vista que o ERP é o coração de toda corporação, nada mais estratégico que começar por ele.
O que o SAP S/4HANA tem a nos ensinar
Um exemplo prático é o SAP ECC, que tem o ano de 2027 como prazo para o fim de seu suporte padrão. Em alguns casos, será possível estender esse prazo até 2030, mas sem garantias quanto à atualização de soluções críticas. GRC NFe e TDF, por exemplo, não serão adaptados à nova legislação.
Considerando que o relatório ISG Provider Lens SAP Ecosystem de 2025 para o Brasil identificou que o fim iminente do suporte a sistemas legados é o principal desafio para os clientes SAP no país, a migração para o SAP S/4HANA RISE não é apenas uma resposta técnica, mas uma estratégia para transformar obrigações em vantagens competitivas.
O Brasil e o mercado estão mudando e as empresas que compreendem o valor dessa transformação sairá na frente. Não é apenas sobre se adequar à legislação, mas sim liderar a próxima era da eficiência e inovação.
Sobre o autor: Fabrício Cordeiro é diretor Latam de Tecnologia e Negócios SAP da SoftwareOne, provedora de soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem. Durante 14 anos, ele foi sócio e liderou projetos de SAP na ITST. Atualmente na SoftwareONE, após fusão com ITST, Cordeiro ajuda a identificar melhorias nas estruturas de TI das empresas.
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