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Por uma internet e IoT mais seguras

As empresas e os indivíduos estão claramente preocupados, não apenas com a segurança da web, mas também com os níveis de fragilidade que enxergam na internet das coisas.

É fato que a internet é uma valiosa ferramenta que veio modificar o nosso dia a dia, a tal ponto que hoje não podemos imaginar muitas das nossas atividades sem a sua ajuda: não se trata apenas de apoio no trabalho e na escola, colaboração, interação global, realização de pesquisas aprofundadas ou aprendizados de algo novo. Graças à internet, também podemos comprar no conforto da nossa poltrona, cuidar da saúde em todos os momentos, pedir um táxi ou comida, desfrutar de uma casa inteligente, selecionar os lugares para visitar nas férias, consultar o trânsito a caminho de casa, explorar lugares mesmo sem estar lá, brincar com pessoas de todo o mundo – enfim, a lista é longa.

Mas se existe algo real, é que ainda não é hora de apenas comemorar. Em relação à internet, é preciso dizer que existem alguns desafios que historicamente não têm permitido à humanidade usufruir plenamente deste recurso.

O primeiro deles é a conectividade. No entanto, felizmente, é um problema que está em vias de ser resolvido, graças ao advento do 5G. Quando a tecnologia se tornar uma realidade em grande escala, a quinta geração da comunicação sem fio mudará tudo, oferecendo velocidade, confiabilidade e recursos sem precedentes. Mas o segundo grande desafio ainda é uma questão de maior preocupação: a segurança em torno do uso da internet.

Portanto, embora por um lado o 5G esteja prestes a abrir portas para uma das maiores promessas da web –a internet das coisas (IoT)–, por meio da qual podemos nos conectar não apenas com as pessoas, mas também com todos os tipos de sistemas e objetos (desde roupas e acessórios até eletrodomésticos e carros), não possuir uma proteção de dados garantida, agora que estaremos prontos como humanidade para nos conectarmos de uma forma melhor, de qualquer lugar e através de praticamente qualquer objeto, seria um grande salto para trás.

Na Aruba, tivemos um caso no qual encontramos um cigarro eletrônico em um cliente corporativo que, embora inicialmente parecesse bastante inocente, de um dia para o outro revelou um código malicioso que, conectado a uma porta USB, enviava informações confidenciais para um país estrangeiro. Por exemplos como este, acreditamos que é necessário que as organizações comecem a focar na segurança das coisas sem deixar de prestar atenção às pessoas.

As empresas e os indivíduos estão claramente preocupados não apenas com a segurança da web, mas com os níveis de fragilidade que eles enxergam na IoT. De acordo com uma pesquisa recente da Aruba envolvendo 2.400 tomadores de decisão de TI em todo o mundo, 57% indicaram que a conexão da IoT na extremidade está associada a uma maior vulnerabilidade. Da mesma forma, em um relatório da Thales, a segurança destaca-se como uma questão de grande importância para 95% dos 2.500 consumidores de diferentes países do mundo ouvidos para conhecer sua visão de como será a internet das coisas em 2030. Por outro lado, 64% disseram estar dispostos a pagar um nível premium para ter uma segurança garantida, e a metade também expressou seu medo de que terceiros não autorizados pudessem controlar seus dispositivos IoT.

Cientes de que a segurança é e continuará sendo uma questão de vital importância, as redes precisarão ser inteligentes o suficiente para classificar, compreender e monitorar o comportamento adequado dos diferentes dispositivos conectados.

A visibilidade deve ser um elemento fundamental, mas devemos ir mais longe –é por isso que, há cerca de três anos, adquirimos a Niara, que aplica aprendizado de máquina à análise comportamental para detectar coisas e dispositivos comprometedores, bem como qualquer entidade maliciosa ou negligente, sejam usuários, funcionários etc.

Ter uma internet e uma IoT mais seguras também exige um trabalho mais árduo no que diz respeito a políticas, educação e conscientização. A tecnologia também deve continuar evoluindo para enfrentar as vulnerabilidades cada vez mais sofisticadas, para que as empresas e os indivíduos possam continuar a se beneficiar deste recurso incrível. A boa notícia é que estamos no caminho certo para alcançá-lo.

Sobre o autor: Everth Hernández é CEO da Aruba no México, uma empresa da Hewlett Packard Enterprise.

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