
chones - stock.adobe.com
Ciberataques a infraestruturas: como evitar apagões como o da Europa
Ocorrência alerta para vulnerabilidades nos sistemas e nas infraestruturas de energia, água, óleo, gás e outras, essenciais à vida da população, evidenciando a urgência de proteção.
Nesta terça-feira (28), Portugal e Espanha foram surpreendidos com um blecaute energético que causou um apagão total. Já a França foi afetada parcialmente. Além da falta de luz, quase nada funcionou: semáforos, trens, aeroportos, padarias, restaurantes. Faltaram água e gás; hospitais enfrentaram problemas; a telefonia e a internet funcionaram precariamente.
Apesar de não haver indícios de que realmente foi um ataque cibernético, o caso é emblemático, pois sistemas e infraestruturas de energia e outros essenciais se tornaram foco dos cibercriminosos, inclusive a serviço de governos. Tanto que estudos, como o Annual Threat Hunting Report 2024 da SentinelOne, apontam que os casos aumentaram significativamente em 2024.
O que fazer?
Especialistas em segurança da informação da CLM informam que o único meio de barrar esse tipo de ataque é defender as redes OT (Tecnologia Operacional) e IoT (Internet das Coisas) para evitar apagões como o que aconteceu na Europa. Caso o mesmo seja resultado de um ciberataque.
“Proteger redes OT/IOT é vital, uma vez que são elas que controlam as redes e a infraestrutura das empresas e dos serviços públicos. Soluções de segurança especializadas em “chão-de-fábrica”, que tratem de redes industriais, como o protocolo SCADA, são essenciais para evitar ataques cibernéticos contra esses ambientes.”, afirma o engenheiro Alisson Santos, Gerente dos Produtos Nozomi e Forescout na CLM.
“É bom lembrar que nenhuma organização ou país está isento de sofrer um ciberataque em suas redes públicas. A soberania digital de um país passa pela cibersegurança de suas empresas e governos”, salienta Francisco Camargo, CEO da CLM.
Além disso, blecautes que afetam a energia elétrica, atingem redes de água, indústrias, hospitais (ventiladores de UTI, bombas infusoras etc.). “Estamos falando de vida”, finaliza o CEO.