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Estratégias prioritárias para CIOs em um cenário de ameaças avançadas

Ao adotar abordagens estratégicas, investir em tecnologias emergentes e colaborar com outras áreas da organização, os líderes de tecnologia podem fortalecer a postura de segurança e garantir a continuidade dos negócios em um ambiente digital cada vez mais complexo.

À medida que o ano de 2025 avança, a segurança da informação continua a ser uma prioridade estratégica para as organizações. Com o aumento das ameaças cibernéticas, a transformação digital acelerada e a pressão regulatória crescente, os CIOs enfrentam o desafio de proteger dados e ativos críticos enquanto impulsionam a inovação. Este artigo explora as principais tendências em segurança da informação que estão moldando o cenário corporativo e como os líderes de tecnologia podem se preparar para os desafios e oportunidades que elas apresentam.

O modelo de segurança Zero Trust, que se baseia no princípio de "nunca confiar, sempre verificar", continua ganhando força. Segundo um relatório da Forrester, 76% das organizações globais estão em processo de implementação ou planejam fazê-lo nos próximos 12 meses. Essa abordagem é essencial para proteger ambientes corporativos modernos, onde as fronteiras tradicionais de rede estão desaparecendo devido ao trabalho remoto e ao uso de dispositivos móveis.

Para os CIOs, a implementação de Zero Trust envolve a adoção de tecnologias como autenticação multifatorial, controle de acesso baseado em políticas e monitoramento contínuo de atividades. Além disso, é fundamental promover uma cultura organizacional que compreenda e apoie os princípios do modelo de cibersegurança.

A integração de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) em soluções de segurança também estão transformando a maneira como as organizações detectam e respondem a ameaças. Ferramentas baseadas em IA e ML podem analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificar padrões anômalos e automatizar respostas a incidentes. De acordo com a Gartner, até 2025, as empresas que investirem nelas estarão à frente de 95% das atividades de monitoramento e resposta a ameaças em empresas maduras em cibersegurança.

Investir em soluções que incorporam IA e ML pode melhorar significativamente a eficiência operacional, reduzir o tempo de resposta a incidentes e fortalecer a postura de segurança da organização.

Com a crescente adoção de ambientes multinuvem, garantir a segurança em diferentes plataformas de nuvem tornou-se um desafio significativo. Segundo a IDC, mais de 80% das grandes empresas globais estarão utilizando ambientes multinuvem até o final de 2025. Isso exige soluções de segurança que ofereçam visibilidade e controle centralizados sobre as infraestruturas na nuvem, além de garantir conformidade e mitigar riscos.

Além disso, é preciso considerar a implementação de ferramentas como Cloud Access Security Brokers (CASBs), firewalls de próxima geração e soluções de monitoramento contínuo para proteger dados e aplicações em ambientes multinuvem.

Os ataques de ransomware continuam a ser uma das maiores ameaças para as organizações. Em resposta, a estratégia de cibersegurança deve incluir medidas robustas de backup e recuperação. Utilizar soluções de Backup as a Service (BaaS) pode ajudar a garantir a proteção de dados críticos e a rápida restauração em caso de ataque.

Além disso, a construção de uma cultura de resiliência cibernética é essencial. Isso envolve a preparação para incidentes, a implementação de planos de resposta a incidentes e a realização de exercícios de simulação para testar a eficácia das estratégias de recuperação.

Com regulamentações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil e o GDPR na Europa, as organizações devem garantir que suas práticas de segurança de dados estejam em conformidade com as leis de privacidade. Implementar soluções de Identity Access Management (IAM) e realizar auditorias regulares são passos cruciais para evitar penalidades e proteger os dados dos clientes.

Por isso é importante reforçar que os CIOs devem trabalhar em estreita colaboração com as equipes jurídicas e de conformidade para garantir que as políticas e práticas de segurança atendam aos requisitos regulatórios aplicáveis.

Em 2025, os CIOs desempenham um papel fundamental na proteção das organizações contra ameaças cibernéticas e na promoção de uma cultura de segurança. Ao adotar abordagens estratégicas, investir em tecnologias emergentes e colaborar com outras áreas da organização, os líderes de tecnologia podem fortalecer a postura de segurança e garantir a continuidade dos negócios em um ambiente digital cada vez mais complexo.

Sobre o autor: Paulo Lima é CEO da Skymail, empresa destaque em serviços de e-mail corporativo, cloud computing e segurança digital.

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