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A tecnologia como catalisadora de transformações da educação

A tecnologia sozinha não deve ser o único fator para impulsionar a transformação da educação. As instituições de ensino precisam combinar recursos tecnológicos que tragam inteligência aos conteúdos, e processos pedagógicos.

Nos últimos anos, todos os setores da indústria foram transformados pela digitalização acelerada da sociedade. E no segmento de educação, o cenário não é diferente. O uso intensivo da tecnologia tem possibilitado uma nova forma de ensinar e aprender, criando oportunidades reais para que um número maior de brasileiros tenha acesso a uma formação que permita o alcance de melhores oportunidades de trabalho e renda. Em um país de dimensões continentais e onde questões como diferenças socioeconômicas e culturais ainda impactam em diferentes níveis de acesso ao ensino, o uso de recursos tecnológicos pode resolver desafios importantes e acelerar uma transformação que beneficie todo o ecossistema da educação.

A disseminação do Ensino a Distância (EaD) representa um exemplo claro desse movimento. A flexibilidade de aprender quando e onde quiser tem atraído um número cada vez maior de brasileiros para essa modalidade. O último Censo da Educação Superior, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), mostrou que em 2021, pela primeira vez na história, o número de matrículas em cursos superiores na modalidade a distância superou os cursos presenciais no Brasil, e esse número segue crescendo. Mas essa é apenas uma fração da transformação tecnológica que permeia o setor.

Com o incremento no uso de tecnologias para análise de dados somado à inteligência artificial (IA), em breve será possível entender os comportamentos e as necessidades individuais de cada aluno e aprimorar os processos acadêmicos. Ou seja, ao entender a base escolar específica dos estudantes, a instituição consegue, por exemplo, oferecer conteúdos complementares à grade curricular e que supram gaps individuais de formação, além de permitir uma melhor avaliação de cada aluno.

A inteligência de dados também pode ser utilizada para adaptar o formato das aulas aos padrões de comportamento dos estudantes. Os levantamentos mostram, por exemplo, que para os jovens da Geração Z, os cursos online devem ter aulas com menor tempo de duração, para reter a atenção dos estudantes, contemplando também conteúdos imersivos. Em relação à preparação para o mercado de trabalho, o modelo EaD facilita o acesso e interação dos estudantes com especialistas nacionais e internacionais, bem como a troca de vivências e experiências com profissionais que já atuam no mercado de trabalho, o que é prática de instituições de ensino como as do grupo Cogna, por exemplo, representando um diferencial competitivo para que os alunos estejam melhor preparados para a realidade e a necessidade profissional.

É importante notar, no entanto, que a tecnologia sozinha não deve ser o único fator para impulsionar essa transformação da educação. As instituições de ensino precisam conciliar o melhor dos dois mundos: a combinação de recursos tecnológicos que tragam inteligência aos processos, aos conteúdos e processos pedagógicos, que ajudem os estudantes a se prepararem para um novo ambiente de trabalho.

Sobre o autor: Rangel Barbosa juntou-se à Cogna Educação em 2019, ano em que assumiu o cargo de diretor sênior de Novos Produtos e cofundou a edtech Ampli. Em janeiro de 2022, tornou-se sócio e vice-presidente de Produtos da Cogna. Rangel é graduado em Direito, mestre e doutor em Direito Internacional, todos pela UFMG. Além disso, possui um MBA with honors pela Universidade de Wharton. Acumula 20 anos de experiência profissional e, antes de ingressar na Companhia trabalhou como professor universitário na PUC-MG, consultor na McKinsey & Company e empreendeu cofundando o Instituto Sonho Grande e a Mira Educação.

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