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Locação de criptomoedas é viabilizada pela transformação digital

A locação de criptomoedas pode acontecer nas modalidades staking e crypto lending e custódia remunerada. Na prática, em vez de deixar as criptomoedas paradas, a aplicação gera rendimentos sem depender exclusivamente da valorização dos ativos.

Os ativos digitais, ou criptoativos (ativo financeiro criptografado para o ambiente on-line), vêm se destacando como alternativa de rentabilidade financeira viabilizada pela transformação digital. Segundo pesquisa global da Sherlok Communications, 24% dos investimentos de brasileiros envolvem criptoativos. Já no cenário da América Latina, conforme o estudo, quase uma a cada cinco pessoas (19%) aposta nas criptomoedas (moedas criptografadas) para aplicar seu dinheiro.

Com o impulso da tokenização, a tendência do setor é seguir em crescimento, abrindo espaço para novos modelos de negócios como a locação de criptomoedas, aplicação que gera rendimentos sobre o capital empregado. No Brasil, o setor de criptomoedas é regulamentado por marco regulatório, conhecido como “Lei do Bitcoin” aprovado em dezembro de 2022, o que significa que as operações com ativos digitais são legalmente permitidas e sujeitas a tributação específica.

O ambiente por onde circulam os criptoativos é a blockchain, ou cadeia de blocos, em tradução livre. Trata-se de uma tecnologia de banco de dados que oferece mais segurança e transparência ao usuário, uma vez que todas as transações ficam armazenadas em forma de blocos que não podem ser modificados de forma alguma sem a validação de toda a rede e permite a visualização compartilhada de todas as transações. Estratégicos para a transparência e segurança dos dados, os blockchains ainda contam com mecanismos que impedem transações não autorizadas.

Como funciona

A locação de criptomoedas pode acontecer nas modalidades staking e crypto lending e custódia remunerada. No staking, algumas redes blockchain, como Ethereum 2.0 e Cardano (duas das moedas mais conhecidas no cenário dos criptoativos), utilizam um sistema chamado Prova de Participação (Proof of Stake). Nele, o usuário bloqueia suas criptomoedas em uma carteira específica para ajudar na validação de transações e garantir a segurança da rede, em troca de uma porcentagem sobre novos tokens gerados.

Já no crypto lending, as criptomoedas são alugadas por meio de plataformas, rendendo juros sobre o valor aplicado. A vantagem desse modelo de negócios é a geração de renda passiva, a exemplo do que ocorre em operações bancárias como a caderneta de poupança ou a conta rendeira, mas com retornos mais expressivos. Na prática, em vez de deixar as criptomoedas paradas, a aplicação gera rendimentos sem depender exclusivamente da valorização dos ativos.

No caso da custódia remunerada seus ativos ficam em posse da empresa especializada em operações no mercado de criptoativos e você recebe um valor mensal dessa custódia.

Vale ressaltar que, apesar dos benefícios, é preciso estar atento aos riscos. O mercado de criptomoedas é conhecido pela volatilidade, o que significa que o valor destes ativos pode oscilar bruscamente. Por isso, conhecimento e cautela são essenciais para não haver perdas financeiras. Uma recomendação essencial é estudar o mercado, bem como a solidez das criptomoedas, entre as mais de 9 mil catalogadas no mundo, antes se de fazer uma escolha.

Além disso, hoje existem profissionais e plataformas especializados em ativos digitais, que apoiam quem está entrando no mundo das criptomoedas e ainda não conhece as nuances desse tipo de operação financeira, ou conhece o potencial de ganhos, mas não tem tempo para acompanhar a movimentação do mercado. Nesse sentido, o melhor caminho para garantir uma renda passiva de forma segura, é contar com parceiros especializados e regulamentados.

Sobre o autor: Marcus Vinicius Melo é CEO da Sigma Infinity.

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