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Qual será o futuro dos meios de pagamento no Brasil?

Especialistas projetam tendências e mudanças nos pagamentos digitais, incluindo o Pix. Os palestrantes também falaram sobre segurança e inteligência artificial para melhorar os sistemas de pagamento.

O Payment Summit, evento promovido pela plataforma TI Inside no dia 28 de novembro, abordou a evolução do mercado de meios de pagamento, com destaque para o cenário brasileiro. Cada vez mais ágeis e convenientes, as jornadas de pagamento digitais têm facilitado a experiência dos consumidores. Além disso, os palestrantes do webinar ressaltaram que os novos meios de pagamento prometem aumentar a segurança das transações.

"A tendência é que surjam mais players e fornecedores neste mercado", prevê Eduardo Vils, cofundador da Fintech Justa. "Mas a democratização dos novos meios de pagamentos só vai acontecer quando estes alcançarem escala e se tornarem acessíveis ao pequeno e ao médio empresário".

Experiência do consumidor eficiente e segura

Os especialistas do Payment Summit destacam que a experiência do consumidor ganhará destaque nos próximos anos. "A inteligência artificial (IA) generativa será empregada na experiência do usuário para responder a estímulos, replicando o comportamento humano. Os processos de automação também serão aprimorados", afirma Luiz Ohara, head de financial markets na Semantix.

A previsão é que a interação entre os usuários e as ferramentas de IA ocorra de maneira cada vez mais natural e fluida. Somado a isso, o 5G deve tornar mais seguros serviços de pagamentos que exigem conectividade. "O 5G permite, por exemplo, trafegar mais dados em uma só transação, fazendo processos de antifraude transacionais mais completos", diz Maurício Santos, diretor-executivo de serviços financeiros da Claro.

Além disso, será possível ter menos fricção na experiência do cliente, por meio de recursos como a autenticação automática e os pagamentos com reconhecimento facial. Ao mesmo tempo, será necessário prevenir fraudes e ataques virtuais.

PIX e Drex

Segundo os especialistas, o Pix, sistema de pagamentos criado pelo Banco Central do Brasil, tem mostrado um potencial considerável e deve ampliar sua penetração no país, principalmente devido ao lançamento do Pix automático.

Essa modalidade do Pix permitirá que o cliente agende previamente pagamentos a empresas. Por exemplo, será possível usá-lo para pagar contas de energia e água, academias, condomínios e instituições de ensino.

Outra novidade com o potencial de revolucionar o universo dos pagamentos é o Drex, uma moeda digital brasileira produzida e regulamentada pelo Banco Centrall. Ainda em fase de testes, o Drex, que é da família do Pix, deve entrar em vigor entre 2024 e 2025.

A proposta é que o Drex seja utilizado principalmente nas transações de grande porte, trazendo mais segurança, assim como nas outras operações financeiras disponíveis atualmente, como empréstimos e transferências.

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