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Dicas para driblar golpes financeiros pelas compras de final de ano

Especialista da Incognia indica seis práticas para que os consumidores possam identificar riscos típicos dessa época do ano, e oferece conselhos para evitá-los.

Passada a Black Friday é chegada a temporada de festas de fim de ano, também conhecida pelo grande fluxo de compras. De acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), as vendas devem aumentar cerca de 5% no período, com o maior salto desde 2013, quando a alta foi de 4,9%, com faturamento esperado de R$ 65 bilhões.

É neste período também que os consumidores buscam vantagens e oportunidades de financiamento em lojas online com transações digitais, muitas vezes realizadas por aplicativos de pagamentos. Para se ter uma ideia, o BNPL global (sigla para o termo em inglês que significa “compre agora, pague depois”, ou seja, o pagamento é realizado apenas após o recebimento do pedido) representou 5% do volume total de transações de comércio eletrônico no ano passado, projetando um crescimento anual de 16% até 2026.

Apesar das facilidades que as tecnologias apresentam, como o modelo mencionado, o aumento de transações financeiras nesse período se torna alvo de ataques e tentativas de fraudes.

Diogo Sersante, Country Manager da Incognia, empresa de identidade digital baseada em geolocalização, explica que esses golpes podem estar associados à engenharia social, induzindo o consumidor a comprar em sites falsos com a oferta de produtos e super promoções, resultando em múltiplas transações ilegítimas em e-commerce e marketplaces, e também incentiva a criação de contas falsas para recebimento destas transações fradulentas.

“Embora o consumidor deva optar por aplicativos e sites confiáveis, que ofereçam ferramentas de segurança, o protagonismo de garantir a proteção dos seus clientes é da empresa que devem cada vez mais optar por soluções robustas e não confiem somente em credenciais estáticas de acesso como login e senha”, explica.

Diante deste cenário de fraudes diversas e complexas, o especialista em prevenção à fraude indica algumas práticas para que os consumidores não se tornem novas vítimas nessa época do ano:

1. Atenção com links falsos

Essa prática é chamada de phishing, um tipo de fraude por engenharia social, que se resume ao fraudador se passar por uma organização legítima e enviar um e-mail ou SMS para invadir contas de usuários e induzi-los a realizarem compras em links e anúncios falsos que, em muitos casos, direcionam-nos para um site falso muito similar ao original. O objetivo é enganá-los e fazê-los realizarem compras por Pix ou compartilharem suas informações sensíveis, como credenciais de acesso ou dados de cartões. O indicado é não fornecer informações bancárias e dados pessoais quando não está seguro de que o site é oficial, tampouco baixar aplicativos através de outros meios que não as lojas oficiais dos sistemas operacionais, para evitar o uso de aplicativos clonados e adulterados.

2. Faça suas compras pelo app da loja

Uma opção mais segura para fazer compras online é baixar o app do e-commerce ou do varejista diretamente da loja oficial do sistema operacional (como a Playstore do Google ou a App Store da Apple), para garantir que esteja, de fato, acessando o canal verdadeiro. Baixar aplicativos a partir de outras fontes que não as lojas oficiais pode esconder riscos, como, por exemplo, aplicativos clonados ou com malwares (software invasivo e malicioso), que podem desde infectar seu computador até permitir acesso remoto ao seu dispositivo para a realização de inúmeras ações fraudulentas.

3. Confira dados para pagamentos com Pix

Quando o consumidor opta por utilizar o Pix como forma de pagamento, é preciso seguir os mesmos cuidados indicados para qualquer outro tipo de transferência, como checar os dados do recebedor, confirmando se o destinatário coincide com a loja na qual a compra está sendo realizada. Desconfie de transferências para CPF, ao invés do CNPJ da loja. Além disso, é importante cadastrar chaves Pix apenas nos canais oficiais da instituição financeira, como no caso do aplicativo. Evite salvar seus dados Pix ou mesmo dados de cartão de crédito diretamente nos sites ou apps de compras. Além disso, fique atento a qualquer contato recebido se passando por instituição financeira e não forneça suas credenciais de acesso em nenhuma hipótese.

4. Opte por sites com selo de segurança

Com grande fluxo de envio de links com promoções em e-commerces, é fundamental ter a certeza de que a loja é autêntica e para isso, é importante checar se o site possui certificado de segurança que proteja os dados do usuário. Para fugir desse golpe, acesse sites do fornecedor digitando o endereço diretamente no navegador, e evite acessar links em páginas ou portais desconhecidos ou recebidos em mensagens de SMS e e-mail. Também evite compras ou pagamentos por meio de computadores de terceiros ou com redes Wi-Fi públicas, pelo baixo nível de proteção destas redes, que podem aumentar a chance de clonagem de dados e invasão de contas, por exemplo.

5. Desconfie de super promoções

A grande oferta de lojistas para atrair consumidores com descontos e incentivar o aumento do consumo é a oferta de grandes promoções que acabam estimulando também os fraudadores a criarem anúncios falsos com oportunidades de compras mais em conta aos consumidores, mas que na verdade direcionam o usuário legítimo a cair em mais um golpe. A prática acaba frustrando compradores legítimos que, por sua vez, não conseguem aproveitar os descontos oferecidos e acabam tendo suas contas clonadas.

6. Fique atento às suas contas bancárias e em e-commerces ou marketplaces

Mantenha as notificações ativas e acompanhe constantemente as movimentações nas suas contas, e entre em contato com os canais oficiais das empresas caso não reconheça alguma compra ou transação. Caso caia em um golpe, não deixe de registrá-lo através de um boletim de ocorrência.

Saiba mais sobre Gerenciamento de segurança

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