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IA generativa impulsiona o varejo, mas exige maior segurança

Prestadores de serviços como a Loggi e a Unentel explicam alguns dos benefícios da IA generativa para o setor varejista e oferecem conselhos sobre como se proteger contra riscos de segurança.

Segundo um estudo da KPMG, 33% das empresas no setor de consumo e varejo já adotam inteligência artificial (IA) de forma parcial ou ampla, mas apenas 14% utilizam com inteligência artificial generativa (IAGen ou GenAI), com previsão de crescimento para 60% nos próximos três anos. O levantamento também informa que o investimento direcionado à IA e ao digital no setor deverá subir de 9% do orçamento de TI para cerca de 13,8% no mesmo período.

Mesmo entre os que já investem, obstáculos como segurança da informação (58%), falta de habilidades técnicas (56%) e dados inconsistentes (47%) aparecem como barreiras.

Para ajudar as empresas do setor varejista a implementar soluções de IA, a Loggi, empresa brasileira da logística, lançou um novo canal com IA generativa. A ferramenta foi projetada para expandir a capacidade do time comercial da Loggi, automatizando leads de forma rápida, personalizada e eficiente com o objetivo de proporcionar uma experiência de vendas mais fluida, assertiva e escalável.

O novo chatbot, disponível por meio do aplicativo WhatsApp e do site da Loggi, será capaz de identificar padrões e segmentar clientes em tempo real, otimizando a segmentação de vendas e, direcionando de forma ágil, leads mais qualificados para atendimento humano.

Segundo Diego Cançado, vice-presidente de Produto e Tecnologia da Loggi, o objetivo é proporcionar uma experiência de vendas mais fluida, assertiva e escalável. “Pretendemos aumentar a taxa de conversão em 20% e reduzir o tempo gasto com leads não qualificados”.

Além de oferecer comunicação natural via WhatsApp com disponibilidade 24 horas, a ferramenta viabiliza campanhas click-to-WhatsApp e facilitará a integração de negócios nano e micro, liberando o time de vendas para atuar em negociações mais complexas com grandes clientes. A ferramenta também permite atender os clientes que procuram mais informações sobre como realizar a integração em plataformas, com um suporte mais simples e orientações por meio de tutoriais.

“Com a automação e inovação, a Loggi irá aprimorar ainda mais a experiência do usuário, proporcionando respostas significativamente mais rápidas, precisas e direcionadas. As equipes de vendas também receberão leads criteriosamente qualificados, permitindo que dediquem mais tempo a negociações mais efetivas. Isso vai construir um processo de vendas mais previsível e escalável”, completa Diego.

Mais segurança para combater os riscos da IAGen

Os picos de vendas no varejo representam um pico no tráfego de dados pessoais. Esse aumento expressivo torna as transações mais expostas a ataques; panorama que ganha ainda mais complexidade com a crescente adoção da IA generativa.

Embora a tecnologia ofereça ganhos como personalização de ofertas, automação de marketing e antecipação de demandas, também pode ampliar o risco de brechas se não estiver acompanhada de controles robustos.

Como explica José Miguel, gerente de pré-vendas da Unentel, a “IA generativa é uma aliada poderosa para o varejo, mas exige o mesmo cuidado que qualquer outra ferramenta de alto impacto. O desafio está em garantir que o ganho de eficiência não venha às custas da segurança”.

Empresas do setor já buscam integrar soluções de cibersegurança para atuarem em conjunto com a IA generativa, capazes de monitorar fluxos de dados sensíveis e identificar comportamentos suspeitos em tempo real. Essas ferramentas permitem que as equipes de TI antecipem ameaças e ajustem políticas de acesso antes que um incidente ocorra — um avanço importante frente aos modelos tradicionais de defesa, baseados apenas na reação a ataques.

Para aproveitar com segurança o potencial da IA generativa durante os picos de vendas – como a Black Friday e Natal –, José Miguel recomenda as seguintes ações imediatas:

Prevenção antes da detecção: escolha soluções de cibersegurança que foquem em evitar ataques não somente em detectá-los ou reagir depois.

Arquitetura segura: implemente camadas de proteção que limitem o acesso a dados sensíveis, com autenticação multifatorial, gestão de privilégios e revisões periódicas de permissões.

Monitoramento contínuo: adote sistemas que identifiquem comportamentos atípicos e acionem respostas automáticas quando necessário, reduzindo o tempo de detecção e mitigação de incidentes.

Pagamentos blindados: garanta que as transações passem por gateways certificados, utilizem criptografia ponta-a-ponta e sejam avaliadas por soluções antifraude em tempo real.

“Quando a IA generativa é usada com vigilância, estrutura técnica robusta e políticas claras de prevenção, o varejo minimiza riscos e ganha credibilidade junto ao consumidor, um diferencial decisivo em datas de alto volume de vendas e competitividade”, conclui José Miguel.

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