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Não existe mais segurança física sem proteção digital, alerta especialista

Relatórios indicam aumento de incidentes e custos de violações de dados no Brasil, reforçando a urgência de políticas de proteção integradas. A cultura organizacional também é parte crucial da defesa, diz executivo da Genetec no mês da cibersegurança.

Com a transformação digital, dispositivos antes isolados agora podem ser integrados para oferecer um ecossistema que proporciona eficiência e dinamismo. Contudo, essa modernidade trouxe novas vulnerabilidades. Segundo a Cybersecurity Ventures, o custo global do cibercrime deve ultrapassar US$ 10,5 trilhões por ano até 2025. Uma parte desses ataques tem como alvo justamente soluções de segurança física. 

No Brasil também há riscos. De acordo com a mais recente pesquisa Estado da Segurança Física, da Genetec, 31% dos usuários finais afirmaram que suas organizações já foram alvo de cibercriminosos. O impacto financeiro também precisa ser destacado: o relatório Cost of a Data Breach 2025, da IBM, aponta que o custo médio de uma violação de dados no país chegou a R$ 7,19 milhões. 

Para Ueric Melo, Cibersecurity Business Development Manager na Genetec, o cenário mostra que não existe mais segurança física sem segurança digital — algo que, embora ganhe destaque em outubro no Mês da Cibersegurança, deve ser prioridade diária nas empresas. 

“Sistemas que antes operavam de forma isolada agora estão conectados a redes corporativas e à nuvem”, aponta o especialista. “Empresas que ainda tratam a segurança de forma fragmentada estão mais vulneráveis. Uma plataforma unificada permite monitorar riscos em tempo real, cruzar dados e agir de forma preventiva, seja para conter um ataque cibernético ou evitar uma falha operacional.” 

Além da tecnologia, Melo destaca que a cultura organizacional também é parte crucial da defesa. 

“Cibersegurança não é só um tema do time de TI. Todos precisam entender seu papel na proteção da empresa. Treinamentos, políticas de acesso e atualizações constantes de sistemas são medidas básicas, mas que fazem uma grande diferença”, conclui Ueric. 

A expectativa para os próximos anos é de grandes investimentos no setor. A pesquisa da BlueWeave Consulting estima que o mercado nacional de cibersegurança deve chegar a US$ 15,36 bilhões em 2030, um crescimento da taxa anual composta (CAGR) de cerca de 4,17%. 

O Mês da Cibersegurança reforça uma verdade cada vez mais clara: as ameaças evoluem constantemente, exigindo uma estratégia de segurança dinâmica, viva e sustentável. Empresas que adotarem uma abordagem integrada, unindo segurança física e digital aliadas a uma cultura organizacional consciente, estarão mais preparadas para enfrentar os desafios emergentes e aproveitar as oportunidades da transformação digital com mais confiança. 

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