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O Brasil registrou 730.200 contas bancárias vazadas no terceiro trimestre de 2025

Globalmente, um total de 90,6 milhões de contas foram comprometidas, com a França liderando o ranking, representando 17% de todas as violações entre julho e setembro. A Alemanha, Estados Unidos, Índia e Canadá, seguem na lista, segundo ao estudo da Surfshark.

Até o momento, em 2025, mais de 2,2 milhões de contas foram comprometidas no Brasil, de acordo com uma análise da Surfshark. O estudo mostra que no terceiro trimestre de 2025, foram registradas 730,2 mil contas comprometidas, e o Brasil ocupa a 12ª posição entre os países com o maior número de vazamentos de dados no terceiro trimestre de 2025.

Os dados foram coletados por os parceiros independentes a partir de 29.000 bancos de dados públicos e agregados por endereço de e-mail. O Mapa Global de Violações de Dados é atualizado trimestralmente com os dados mais recentes dos parceiros independentes.

Segundo a Surfshark, desde 2004, o Brasil sofreu a exposição de 1,4 bilhão de registros pessoais e 418,4 milhões de contas de usuários comprometidas, ocupando o primeiro lugar na América do Sul e o sétimo no mundo. Em média, cada violação de e-mail inclui 3,4 pontos de dados adicionais.

Um total de 160,1 milhões de e-mails únicos do Brasil foram comprometidos. 161,4 milhões de senhas foram vazadas juntamente com contas brasileiras, colocando 39% dos usuários afetados em risco de roubo de identidade, extorsão ou outros crimes cibernéticos. Estatisticamente, o brasileiro médio foi afetado por uma violação de dados aproximadamente duas vezes.

O estudo mais recente da Surfshark mostra que, globalmente, um total de 90,6 milhões de contas foram comprometidas, com a França liderando o ranking, representando 17% de todas as violações entre julho e setembro. A Alemanha ocupa o segundo lugar, seguida pelos Estados Unidos, Índia e Canadá.

“O avanço das ferramentas de inteligência artificial (IA) significa que até mesmo pequenas violações de dados podem ser exploradas em larga escala. Anteriormente, explorar dados vazados exigia habilidades técnicas significativas, mas a IA facilitou o acesso, permitindo que os cibercriminosos analisem e usem rapidamente até mesmo dados aparentemente insignificantes, transformando nomes, endereços e preferências vazados em ataques altamente personalizados”, afirma Sarunas Sereika, diretora Sênior de Produtos na Surfshark.

De modo geral, uma análise dos diferentes trimestres de 2025 mostra uma diminuição no número de violações de dados em todo o mundo. No segundo trimestre de 2025, 899 contas foram comprometidas por minuto. No entanto, no terceiro trimestre de 2025, a taxa de violação diminuiu 22,3%, com 699 contas expostas a cada 60 segundos. Embora os números continuem significativos, essa tendência também é observada no Brasil. A taxa de violação foi 1,6% menor no terceiro trimestre de 2025 do que no segundo, com 6 contas comprometidas por minuto.

A Europa foi a região mais afetada por vazamentos, seguida pela América do Norte e Ásia

Uma em cada 2,3 contas comprometidas no terceiro trimestre de 2025 teve origem na Europa, sendo 40% delas francesas. A América do Norte representou 17% das violações (15,7 milhões). Outros 15,6% das contas vieram da Ásia (14,1 milhões). As demais regiões representaram aproximadamente 5% do total anual, e quase 19% permanecem não identificadas.

Em ordem decrescente, os dez países com o maior número de violações de dados no terceiro trimestre de 2025 foram França (15,5 milhões), Alemanha (10,5 milhões), Estados Unidos (10,5 milhões), Índia (10,2 milhões), Canadá (4,8 milhões), Montenegro (3,1 milhões), Rússia (2,9 milhões), Reino Unido (2,5 milhões), Holanda (1,2 milhão) e Indonésia (943,7 mil).

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