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Ferramentas de videoconferência não são boas o suficiente para trabalho híbrido

Cisco, Microsoft e Zoom concordam que seus produtos de colaboração de vídeo precisam melhorar para trabalhadores em casa e no escritório. Usos futuros da IA podem ajudar.

Executivos da Zoom, Microsoft e Cisco concordam que os produtos de suas empresas são insuficientes para tornar a videoconferência uma experiência equânime tanto para os funcionários remotos, quanto para os que estão no escritório.

Durante um painel de discussão na conferência Enterprise Connect, os representantes das três empresas líderes de videoconferência disseram que a adoção de locais de trabalho híbridos pelo cliente complicaria a colaboração do trabalhador. Como resultado, suas plataformas de videoconferência irão evoluir para tornar a experiência de reunião igual para todos os participantes, independentemente de sua localização.

"Não há como voltar a ser como era [antes da pandemia]", quando reuniões pessoais eram a norma," disse Graeme Geddes, diretor de vendas da Zoom Phone e Zoom Rooms. "Estamos no início da expansão para o ambiente de escritório."

Snorre Kjesbu, vice-presidente e gerente geral de dispositivos Webex da Cisco, disse que a mudança repentina para o trabalho remoto durante a pandemia da COVID-19 democratizou as reuniões ao colocar cada participante em um quadro de vídeo do mesmo tamanho de todos os outros. Esse tratamento eqüitativo precisaria continuar à medida que alguns trabalhadores retornassem ao escritório.

Zoom, Microsoft e Cisco planejam usar IA para enquadrar cada participante da reunião individualmente em uma sala de conferência, colocando-os em pé de igualdade com os trabalhadores remotos. O recurso também tornará mais fácil para os funcionários domésticos lerem as expressões faciais e a linguagem corporal.

O recurso do Zoom está em beta, enquanto a Cisco e a Microsoft planejam lançar o recurso até o final de 2021 e no próximo ano, respectivamente.

Ilya Bukshteyn, gerente geral de dispositivos Microsoft Teams, disse que as câmeras incrementadas com IA também podem melhorar a visão dos funcionários remotos, acompanhando os apresentadores em uma sala de conferências. Ele citou um exemplo em que um funcionário remoto disse que costumava ver as costas de seus colegas de trabalho quando eles se levantavam para fazer apresentações e bloqueavam a câmera da sala de conferências.

Kjesbu disse que a transcrição e a tradução ao vivo são outras maneiras pelas quais a IA pode tornar as reuniões mais acessíveis a todos os participantes.

O moderador Ira Weinstein, fundador da Recon Research, perguntou se a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) teriam um papel no futuro da colaboração online. As empresas presentes no painel anunciaram investimentos em RA e VR: a Microsoft tem sua plataforma Mesh, e a Zoom planeja integrar suas videoconferências e quadro branco com o produto de VR Horizons Workrooms, do Facebook.

Kjesbu disse que a AR não seria ideal para uma reunião típica, mas poderia ser útil ao olhar para uma maquete virtual de um novo produto, por exemplo.

Bukshteyn disse que as salas de reunião poderiam se beneficiar de uma tecnologia menos avançada do que a AR, como monitores maiores. Telas maiores mostrariam feeds de vídeo e apresentações com bate-papo, uma lista de pessoas que levantaram a mão e uma transcrição contínua da reunião.

Mike Gleason é um repórter que cobre comunicações unificadas e ferramentas de colaboração. Anteriormente, ele cobriu comunidades na região MetroWest de Massachusetts para o Milford Daily News, Walpole Times, Sharon Advocate e Medfield Press. Ele também trabalhou para jornais na área central de Massachusetts e sudoeste de Vermont, e atuou como editor local do Patch. Ele pode ser encontrado no Twitter em @MGleason_TT.

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