A insatisfação das empresas com a segurança pode ser eliminada

Não é suficiente ter as ferramentas tecnológicas à disposição para elevar a eficiência na segurança. A falta de treinamento das equipes é o maior obstáculo apontado pela mitade dos entrevistados para se obter o máximo proveito das tecnologias que utilizam atualmente.

Uma recente pesquisa da ManageEngine com 3.300 executivos empresariais de vários países apontou que 84% dos entrevistados acreditam que o ambiente de segurança precisa mudar para garantir a proteção contra os ciberataques. Dos entrevistados, 200 são decisores em TI e outras áreas empresariais em organizações brasileiras e apenas 2% dos respondentes totais afirmaram que estão satisfeitos com a situação.

O que contrasta com esta preocupação dos executivos é que as tecnologias dedicadas a ajudar as empresas no combate aos vazamentos de dados estão em um estágio avançado e oferecem muitos bons recursos. Então, como poderia ainda haver tanta angústia?

Para resolver este grande desafio, devemos ter em mente que apenas as tecnologias não bastam. É necessário envolver as equipes e aumentar a conscientização dos usuários das aplicações de software dentro do ambiente de trabalho, seja presencial, remoto ou híbrido. Para se ter uma ideia, apenas 13% dos entrevistados acreditam que a responsabilidade de proteger as organizações dos ciberataques é de todos os funcionários; em vez disso, responsabilizam principalmente as equipes de TI e de segurança. Ou seja, a maioria (87%) ainda não leva em conta a participação dos funcionários na luta contra as ameaças cibernéticas.

Não é suficiente ter as ferramentas tecnológicas à disposição para elevar a eficiência na segurança. A falta de treinamento das equipes é o maior obstáculo apontado por 49% dos entrevistados para se obter o máximo proveito das tecnologias que utilizam atualmente.

É importante que as empresas promovam ações internas na empresa para que os colaboradores aumentem a sua participação neste combate. Ao saber como se comportar diante dos riscos, as equipes podem elevar a confiança no ambiente de trabalho e fechar as portas de entrada de códigos maliciosos. Com isso, em uma nova edição desta pesquisa, o nível de insatisfação dos executivos poderá ser menor que o atual.

Inteligência artificial e ML no apoio à segurança do ambiente tecnológico

A pesquisa também apurou que 96% dos respondentes concordam que a inteligência artificial (IA) e o Machine Learning (ML) poderão desempenhar papel relevante no fortalecimento das estruturas de segurança de TI em um futuro próximo. Esta percepção dos executivos pode ser explicada pelo crescimento do uso destas tecnologias em várias ferramentas de gestão e segurança de TI, relacionados ao controle de ativos e acesso às aplicações. Dotadas destes recursos, as soluções de segurança ganham mais poder no acompanhamento do comportamento suspeitos na rede corporativa, possibilitando que os gestores de TI possam atuar proativamente na correção de falhas.

O combate às ameaças digitais depende da combinação entre pessoas e tecnologia e, por essa razão, os executivos empresariais necessitam avançar com estas questões dentro do seu ambiente empresarial e impulsionar o mapeamento e esclarecimento dos desafios a serem enfrentados. Reforçamos aqui a necessidade de se investir na capacidade das equipes e implementação de tecnologias que possam ajudar a executar um plano de contingência altamente efetivo. A percepção dos riscos pode variar em cada uma das empresas pesquisadas, mas o certo é que o risco de ataques cibernéticos é maior nas organizações que possuem baixo nível de esclarecimento sobre esta realidade.

Sobre o autor: Dyogo Junqueira é especialista em Gestão de TI e Vice Presidente da ACSoftware, parceira ManageEngine no Brasil.

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