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A falta de maturidade dos dados limita o sucesso das organizações

O nível médio de maturidade dos dados da organização globalmente é de 2,6 em uma escala de cinco pontos, com apenas 3% das organizações alcançando o nível mais alto, revela uma pesquisa HPE.

Enquanto até mesmo os governos do mundo vêem os dados como um recurso estratégico para impulsionar o progresso econômico e social, os dados são de pouca utilidade sem o nível certo de maturidade para aproveitá-los. De fato, essa falta de maturidade dos dados impede que os setores público e privado alcancem resultados-chave, como o aumento das vendas ou a melhoria da sustentabilidade ambiental, de acordo com os resultados de uma pesquisa global da Hewlett Packard Enterprise (HPE).

Conduzida pelo YouGov em nome do HPE, a pesquisa revela que o nível médio de maturidade dos dados, ou a capacidade de gerar valor a partir dos dados, da organizações de 2,6 em uma escala de cinco pontos, enquanto apenas 3% atingem o nível mais alto de maturidade.

"Há um amplo consenso de que os dados do mundo têm o grande potencial para melhorar a maneira como vivemos e trabalhamos; no entanto, desbloquear esse potencial requer uma mudança nas estratégias de transformação digital das organizações", disse Antonio Neri, presidente e CEO da HPE. "Devemos passar de 'cloud-first' para 'data-first' como a Estrela do Norte da transformação digital, o que significa que as empresas devem alinhar suas escolhas estratégicas, organizacionais e tecnológicas com o objetivo de alavancar os dados como um ativo estratégico".

A falta de capacidade de dados dificulta alcançar os resultados chave

A pesquisa, realizada entre mais de 8.600 tomadores de decisão de várias indústrias e do setor público em 19 países, baseia-se em um modelo de maturidade de dados desenvolvido pela HPE que avalia a capacidade de uma organização de criar valor a partir de dados com base em critérios estratégicos, organizacionais e tecnológicos.

O nível mais baixo de maturidade (1) é chamado de "anarquia de dados". Neste nível, grupos de dados estão isolados uns dos outros e não são sistematicamente analisados em busca de insights ou resultados. O nível mais alto (5) é chamado de “economia de dados”; neste nível, uma organização utiliza dados estrategicamente para gerar resultados baseados no acesso unificado a fontes de dados internas e externas, que são analisadas com análises avançadas e inteligência artificial.

Os resultados da pesquisa, globalmente, mostram que 14% das organizações estão no nível de maturidade 1 (anarquia de dados), 29% no nível 2 (relatório de dados), 37% no nível 3 (insight de dados), 17% no nível 4 (centricidade de dados) e apenas 3% estão no nível 5 (economia de dados).

Por outro lado, os dados mostram que a falta de capacidade de dados impede as organizações de melhorar os principais resultados, tais como: aumentar as vendas (30%), inovar (28%), melhorar a experiência do cliente (24%;), melhorar a sustentabilidade ambiental (21%) e aumentar a eficiência interna (21%).

Por otra parte, los datos señalan que la falta de capacidades de datos impide a las organizaciones mejorar resultados clave, tales como: incrementar las ventas (30 %), innovar (28 %), mejorar la experiencia del cliente (24 %), mejorar la sustentabilidad ambiental (21 %) y aumentar la eficiencia interna (21 %).

Lacunas estratégicas, organizacionais e tecnológicas precisam ser fechadas

A pesquisa fornece uma visão detalhada das lacunas estratégicas, organizacionais e tecnológicas que as organizações precisam preencher para utilizar os dados como um ativo estratégico em toda a sua cadeia de valor. Por exemplo, apenas 13% dos entrevistados globalmente dizem que a estratégia de dados de sua organização é uma parte fundamental de sua estratégia corporativa, e 28% confirmaram que têm uma abordagem estratégica para fornecer produtos ou serviços orientados por dados.

Quase um terço dos participantes mencionou que sua organização não destina orçamento a iniciativas de dados (28%) e 20% disse que as iniciativas de dados só ocasionalmente são financiadas através do orçamento de TI.

Além disso, quase metade dos entrevistados dizem que suas organizações não utilizam metodologias como aprendizado de máquinas ou aprendizagem profunda, confiando em planilhas (29%) ou inteligência empresarial e relatórios (18%) para análise de dados.

Em termos de tecnologia, a pesquisa aponta que derivar valor dos dados também requer agregação de dados ou insights de dados de diferentes aplicações, locais ou espaços de dados externos. Por exemplo, a telemetria dos produtos vendidos por um fabricante pode ajudar a P&D a alinhar melhor a próxima geração com as necessidades dos clientes, ou compartilhar dados dos pacientes entre hospitais pode melhorar os diagnósticos médicos. 

As organizações querem controle sobre todas as nuvens e bordas

A pesquisa HPE mostra que uma das características de um baixo nível de maturidade de dados é a falta de uma arquitetura de dados e análise, com dados sendo siloados em aplicações ou locais individuais, o que é o caso de 34% dos entrevistados. Por outro lado, apenas 19% implementaram um data warehouse ou matriz de dados que fornece acesso aos dados em sua organização em tempo real, enquanto 8% dizem que tal data warehouse também inclui dados externos.

Como as fontes de dados estão cada vez mais distribuídas entre nuvens e bordas, a maioria dos entrevistados (62%) diz ser estrategicamente importante ter um alto grau de controle sobre os dados e formas de obter valor a partir dos dados. Mais da metade dos entrevistados (53%) estão preocupados com os monopólios de dados assumindo muito controle sobre sua capacidade de obter valor a partir dos dados, e 39% estão reconsiderando sua estratégia de nuvem devido não apenas ao aumento do custo das nuvens (42%), mas preocupações com a segurança dos dados (37%), a necessidade de uma arquitetura de dados mais flexível (37%) e a falta de controle sobre seus dados (32%).

"Em vista do crescimento maciço dos dados na borda, as organizações precisam de arquiteturas híbridas da borda para a nuvem, onde a nuvem vai para os dados e não o contrário. O HPE GreenLake dá às organizações a capacidade de acessar, controlar, proteger, governar e liberar o valor dos dados em todos os lugares com uma experiência consistente desde a extremidade até a nuvem", enfatizou Neri.

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