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Uma abordagem lógica para a gestão de dados

O novo olhar sobre a gestão de dados permite um enorme impacto em qualquer negócio, sobretudo para impulsionar a inovação, em um mercado que se mostra motivado a pensar novas práticas nas relações de consumo.

O mercado global passou por uma rápida e intensa transformação. Nos últimos anos, houve uma disrupção digital impulsionada pela indústria 4.0, da Internet das Coisas, do Machine Learning, da Inteligência Artificial, da Nuvem, da Big Dat. E, com o uso intensivo da tecnologia, 40 trilhões de gigabytes de dados foram gerados no mundo, somente em 2020, segundo informações do Instituto Gartner.

E é aqui que a cultura Data Driven tornou-se peça-chave nas organizações para melhor compreensão de cenários e para a tomada de decisões, em um mundo cada vez mais digital, seja nos processos de trabalho ou na relação entre as pessoas.

Nesse contexto, quando todos estão conectados, é que se torna crucial às empresas fortalecerem suas estratégias de gestão de dados. A começar pela unificação dos ecossistemas de dados, que facilitam ao usuário o acesso seguro à informação atualizada, em tempo real, e com governança.

Na prática, vemos que as tecnologias hoje adotadas –e os principais players do segmento– são as mesmas no mundo todo. Da mesma forma, os problemas e as práticas de gestão de dados repetem-se em todas as verticais e países. No entanto, independente das soluções adotadas pelas corporações, e se seus sistemas de dados estão armazenados em casa ou na nuvem, a realidade é que os seus dados, encontram-se em silos diversos e aplicativos de negócios que frequentemente pouco ou nada se conversam.

Mas se as grandes empresas buscam concentrar seus ecossistemas em unidades de negócios, por outro lado, necessitam, também, de tratamentos de dados diferenciados com respostas específicas para diferentes áreas. Por exemplo: o que o departamento de marketing busca pode ser diferente daquilo que o núcleo de logística considera relevante, ainda que a informação utilizada seja exatamente a mesma. Essa questão se repete em todas as áreas que fazem parte da complexa arquitetura de dados vigente nas corporações. É nesse momento que a tecnologia passa a ter um papel crucial para apoiar a descentralização do acesso aos dados, trazendo ao usuário final não apenas as informações que ele precisa, mas também um formato que seja apresentado que mais lhe faça sentido, no dashboard ou aplicação de sua preferência.

E como isso é possível? O ambiente de TI ideal é aquele capaz de unificar o acesso, em tempo real, de qualquer aplicação de negócios, para qualquer usuário e em qualquer sistema, independentemente de onde os dados estejam localizados. As informações podem ser acessadas de forma descentralizada, por meio de uma camada lógica, para as diferentes necessidades das múltiplas áreas que os consomem.

Soluções tradicionais, ao contrário, preveem a criação de um repositório físico de dados para dispor de todos os dados em um só local, chamado por anos de “data lake”. Atualmente, há soluções muito mais eficientes, que evitam a necessidade de movimentar dados entre os repositórios, e que portanto reduzem os custos envolvidos de seu armazenamento e trazem uma melhor governança de dados em tempo real.

Acreditamos que a arquitetura de dados mais adequada é aquela que permita a criação de políticas de governança e de segurança em todo o ecossistema de dados, atendendo as regulamentações vigentes e as próximas a serem instituídas. Ou seja, estamos falando de uma arquitetura dinâmica, capaz de abarcar os desafios dos novos cenários que se descortinam.  

A questão de fundo aqui é que a inovação e a transformação digital dependem de uma boa gestão de dados para se concretizarem nas empresas. Por isso mesmo, este ano muitas empresas passarão a adotar o que chamamos de “uma abordagem lógica” para tornar possível um real gerenciamento de dados, que efetivamente ainda não ocorre na maioria desta corporações. 

A abordagem lógica para a gestão de dados elimina a criação de repositórios de dados físicos. E, em contrapartida, lança mão da virtualização de dados, uma forma a manter os dados em seus silos de origem, sem transportá-los de um local ao outro, mas permitindo o seu acesso de forma “virtual”. Tudo isso se dá por meio de uma camada lógica de processamento, que integra todos os silos e sobre eles adiciona linhas de regras de acesso, de segurança e, sim, de compliance.

Esse novo olhar sobre a gestão de dados permite um enorme impacto em qualquer negócio, sobretudo para impulsionar a inovação, em um mercado que se mostra motivado a pensar novas práticas nas relações de consumo.

Sobre o autor: Marco Wenna é diretor Vendas da Denodo no Brasil.

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