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Mais provedores de conteúdo adotam o novo protocolo da internet

A média de penetração regional do IPv6 é semelhante à registrada a nível mundial, segundo os últimos relatórios da área de Tecnologia do LACNIC. Na região da América Latina podemos destacar México, Brasil e Uruguai.

O Registro de Endereçamento da Internet da América Latina (LACNIC) apresentou dados recentes da América do Sul sobre o aumento do uso do novo protocolo da Internet (IPv6), tanto dos usuários que navegam na rede quanto dos conteúdos oferecidos.

Estas medições foram apresentadas no âmbito do décimo aniversário do Dia do IPv6, onde foi destacado que um de cada cinco usuários da Internet em nossa região navega pela rede, utilizando o novo protocolo, a maioria deles sem nem sequer saber. Isto deve-se a que muitos provedores de serviço de Internet (ISP) já o implementaram e torna-se quase imperceptível para o usuário.

O IPv6 é a nova geração do protocolo de Internet, e sua grande capacidade é fundamental para poder conectar a um número de dispositivos que cresce exponencialmente graças à implementação mundial da rede e das novas tecnologias como internet das coisas (IoT).

A média de penetração regional do IPv6 (28%) é semelhante à registrada a nível mundial, segundo os últimos relatórios da área de Tecnologia do LACNIC. Na região da América Latina e Caribe podemos destacar México, Brasil, Uruguai, entre outros.

Para se conectar à rede, cada dispositivo deve dispor de um endereço IP (Internet Protocol). Há alguns anos, o único protocolo da Internet utilizado era o IP versão 4 (IPv4), mas com o aumento da demanda de conectividade, a capacidade de números para designar desse protocolo se viu amplamente superada, o que faz com que estes endereços estejam prestes a se esgotarem.

Fonte: LACNIC

Na América Latina e Caribe temos aproximadamente 400 milhões de usuários de Internet, e atualmente há em torno de 188 milhões de endereços IPv4 alocados. Isto significa que faltam mais de 240 milhões de usuários para serem conectados e temos apenas 1 milhão de endereços IPv4 para a região”, mencionou Oscar Robles, CEO do LACNIC.

Contudo, os provedores de conteúdo também começaram a publicar em IPv6, embora ainda falte muito caminho por percorrer. “Gigantes da rede como Facebook, Google, Akamai, Youtube, Zoom, entre outros, já oferecem seus conteúdos na versão 6 do protocolo da Internet. De fato, na região da América Latina e Caribe, mais de 23% destes provedores já o fazem”, destacou Carlos Martínez, gerente de tecnologia do LACNIC.

Hoje em dia a barreira para publicar conteúdos em IPv6 na web não é tão complexa como era anos atrás, já que a maioria das publicações são feitas através de redes de distribuição de conteúdo ou CDNs, já existentes entre suas ofertas de serviços.

Lee Howard, especialista mundial em IPv6, sinalizou que outra grande vantagem do IPv6 é a sua latência, menor que a do IPv4. As medições confirmam que o último protocolo possui menor latência em relação à versão 4, e por isso “é mais rápido”, confirmou Howard durante o IPv6 Day organizado pelo LACNIC.

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